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04/03/2024

Foto do escritor: Fabio AlmeidaFabio Almeida

A participação do Presidente Lula na Caricon e na Celac, organizações que reúnem países latino-americanos, possibilitou a realização de um chamado pelo Brasil, as outras nações para que atuem unidas, ante o processo de reorganização geopolítica e as tensões que surgirão no desenvolver desse novo ciclo organizativo mundial. Essa visão é fundamental para que possamos inibir que nossas paisagens possam retornar a ser zona de influência dos interesses de determinada nação.


A conclamação da paz integrou a fala do mandatário, tendo como tópico especial evitarmos conflitos armados que venham a perturbar a vida do povo latino-americano. Para Lula, a guerra central de nossos governantes deve ser o combate à fome e às desigualdades, esse processo também não pode depender das nações mais ricas colonizadoras de terras no passado, hoje de economias. É necessário que os países encontrem as saídas adequadas e permitam que a riqueza produzida possa girar entre os países da região, incluindo, o continente africano.   


A integração econômica, social, cultural e política é um caminho necessário ao pleno desenvolvimento de nossos povos. Portanto, Lula acerta na política internacional ao bradar a unidade de ação entre as nações da América Latina, não apenas no campo econômico, fundamental aos capitais nacionais e transnacionais que buscam novas oportunidades de maximizar seus lucros. Mas, também no campo geopolítico, onde, surge uma perspectiva que pode consolidar um novo modelo de desenvolvimento, rompendo com a lógica de produtores de commodities, para nos tornarmos produtores de conhecimento e qualidade de vida.


A conclamação para que as nações caminhem unidas contra o genocídio praticado em Gaza, por Israel, também  apresenta uma orientação correta, pois nãos há outra designação para os mais de 30 mil mortos e mais de 100 mil feridos, além dos cerca de 5 mil desaparecidos, do que uma aliança internacional encerrar com a política de terror do sionismo que governa Israel. Neste mesmo discurso Lula também condenou a guerra na Ucrânia que ampliou a fome, devido ao aumento nos insumos necessários à produção agrícola.


Dados demonstram que o Caribe, região da Caricon, possui uma população de 44 milhões de pessoas, com um PIB que se direciona quase exclusivamente a financiar aquisição de produtos dos países do norte. Em seu chamado ao desenvolvimento da região, Lula propõe que os investimentos e as aquisições permitam a circulação local, transformando a região em um grande potencial econômico e político, nesta quadra de disputas e novas definições que caminham ao fortalecimento da multilateralidade. Onde, a América Latina e a África devem assumir posições táticas, nos espaços dialógicos do cenário internacional.


Um deles é o conselho de segurança, alvo de uma campanha aberta do presidente brasileiro, em torno da ampliação do número de cadeiras, priorizando a inserção de países latino-americanos e africanos. Outra demanda apresentada consiste no fim do poder de veto de alguns países. A primeira demanda irá se concretizar em breve, neste contexto multilateral, não há espaço para que o G5 tente impedir esse caminho. Já a segunda proposição é mais difícil de se concretizar, porém o Brasil seguirá um atalho que pode ser aprovado. A proposta brasileira deverá considerar a aprovação do veto no plenário da ONU, algo que manteria a legitimidade de poucas nações, em vetar resoluções, mas sua incursão na vida prática seria estabelecida apenas com a aprovação do plenário da corte.

 

Mentiu

O presidente da Caer, empresa de múltiplos assessores ligados ao senador Mecias de Jesus, concedeu uma entrevista no panfleto radiofônico Folha de Boa Vista. Tentou de todas as formas justificar a escassez de água em vários pontos da cidade e do Estado, especialmente em Pacaraima, São João da Baliza e São Luiz. Numa dessas transferiu do governo do estado, à prefeitura municipal de Pacaraima, a ineficiência e incompetência na aplicação de recursos federais previstos para investimentos em saneamento, devido a ausência de projetos.  Investimentos também previstos para São Luiz também retornaram. A responsabilidade não foi da gestão municipal, pois os termos de parceria do PAC foram firmados com o governo do Estado, desde o ano de 2011, os recursos foram devolvidos pelo Denarium em 2019, após assumir o cargo. Lamentável o presidente da CAER mentir descaradamente sobre a previsão de recursos federais destinados ao saneamento que retornaram. quase esqueço de informar, os recursos previstos para investimento em Mucajaí também voltaram, em virtude da ineficiênciado Estado aplicar na soma mais de R$24 milhões. É muita incompetência administrativa, mas na contratação de pessoal e terceirização de serviços, a CAER bate recordes.

 

PL/RR

Nos últimos 60 dias a Rádio Folha já entrevistou os representantes desse partido por 3 vezes, exclusivamente para reforçar a ligação de Bolsonaro ao partido, algo que muitos membros da sociedade não o fazem. A entrevista de ontem trouxe o deputado Hélio Lopes (PL/RJ) afirmando que ele, o partido e Bolsonaro são contra as políticas de cotas raciais, atingindo diretamente a população preta e indígena. Após, instigado pela direitista Cida Lacerda, o deputado federal carioca afirmou que é contra as escolas públicos e defende as escolas privadas, ou seja, a lógica da trupe de extrema direita é defender que os governos deixem de financiar o ensino público universal e passe a conceder bolsas de estudo aos estudantes mais pobres, ou seja, eles querem retroagir a década de 1980, quando não havia financiamento a educação, e, estados e municípios tinham que se virá para manter suas escolas, já que as bolsas concedidas não davam vazão a demanda de crianças e jovens querendo estudar. A visão elitista forja-se também ao se posicionarem contra a bolsa, denominada Pé de Meia, destinada a jovens de baixa renda do ensino médio. Essa é a cara da extrema direita brasileira, trabalham contra os pobres, apesar de dizerem que falam em nome deles. Abra o olho roraimense.

 

Casa de Governo

Na última quinta-feira, o governo federal inaugurou uma repartição pública, ligada à Casa Civil, para coordenar as ações emergenciais vividas pelos Yanomami e Imigrantes, em Roraima. A lógica política do lançamento deixa claro que um dos passos essenciais consistirá na tentativa de inserção das gestões locais nos processos de trabalho, conforme suas responsabilidades constitucionais, algo que será um avanço se alcançado. No mais serão disponibilizados R$1,2 bilhões para investimentos, os quais se não direcionados de forma assertiva não responderá a emergência, além de criar mais problemas. Espero que mesmo os membros da casa, sendo todos de fora, tenham sucesso e consigam enfrentar o grave quadro de vulnerabilidade humana que vivenciamos em RR. 


Bom dia com alegria.

 

Fábio Almeida


 
 
 

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